O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhamos para trás....
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
Eu sei dar por isso muito bem...
sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo.
(Poema de Fernando Pessoa, no heterônimo de Alberto Caieiro)
O Estágio I ofereceu a primeira oportuidade investigativa com os espaços educativos através do "novo", voltado para paradigmas conceituais e interacionistas com abordagem ideográfica.
O Estágio II proporcionou a intervenção pedágogica baseada em nossas reflexões após a observação das vivências escolares.
No Estágio III ampliaremos nossa experiência de estágio fora da escola, buscando como referência a cidade e através dela elaborando ações educativas.
Neste momento o interessante é redescobrir o que já conhecemos; é ver nossa cidade com olhos desprovidos de preconceitos e conceitos, absorvendo detalhes do cotidiano das pessoas que formam a cidade e que a correria do dia a dia nos impede de notar.
A cidade é mais do que uma organização do espaço;ela é um espaço produzido pelas pessoas que ali habitam, com todas suas contradições, como o belo e o feio, o moderno e o antigo, o capitalista e o não capitalista.
A cidade pode ser educadora quando o habitante interage com ela e absorve seu caráter formador. Compreender a cultura local leva-nos para uma vida melhor e a uma educação para a vida.
É hora de botar o pé na rua e de acordo com a professora Flávia Bastos, "tornar o familiar estranho".
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